As pessoas Roma (Rom, na forma singular),
juntamente com os Sintos e os
Calon ou
Calé são designados
vulgarmente como Ciganos. São pessoas tradicionalmente nômades.
Estudos lingüísticos realizados a partir do século XX indicam que
são originários do norte da
Índia e que
hoje vivem espalhados pelo mundo, especialmente na Europa, sendo
sempre uma minoria étnica nos países onde vivem.
Os Roma são popularmente estereotipados como possuidores de poderes
psíquicos, como a faculdade de "prever o futuro". A invenção do
tarô lhes é
creditada.
O Povo Cigano é essencialmente sinônimo de liberdade. Seu lema é: "O
Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha
religião", traduzindo um espírito nômade e livre dos
condicionamentos das pessoas comuns.
Sua mobilidade
ininterrupta é também uma fuga à padronização que está sujeito o
homem e à segurança de nunca perder os traços de sua cultura.
Devido à ausência de uma história escrita, a origem e a história
inicial dos povos roma foram um mistério por um longo tempo. Há 200
anos, antropólogos culturais criaram a hipótese de uma origem
indiana dos roma, baseada na evidência lingüística. Isso é
confirmado pelos dados genéticos.
A língua dos ciganos é conhecida como romani, bastante próxima dos
idiomas indo-arianos. Tanto o sistema fonológico como a morfologia
podem ter sua evolução facilmente reconstruída a partir do
sânscrito. O sistema numeral também reflete parcialmente os
respectivos vocabulários sânscritos. Com as migrações, os ciganos
levaram sua língua a várias regiões da Ásia, da Europa e das
Américas, modificando-a. De acordo com as influências recebidas
distinguem-se dialetos asiáticos de europeus. Entre as línguas que
mais influenciaram nas formas modernas do romani estão o grego, o
húngaro e o espanhol.